sexta-feira, 13 de julho de 2012

Fonoaudiologia no tratamento oncológico

O câncer de cabeça e pescoço provoca alterações fonoaudiológicas com impacto na deglutição, voz, articulação e mastigação, e o fonoaudiólogo é o profissional responsável para reabilitação dessas funções.
A atuação fonoaudiológica acontece em três momentos distintos do tratamento:
1° momento: refere-se ao atendimento pré-operatório. O fonoaudiólogo fornece ao paciente e seus familiares informações sobre as dificuldades de fala, voz e alimentação que podem decorrer do tratamento e sobre o processo de reabilitação fonoaudiológica propriamente dito. É nesse momento que o vinculo terapêutico fonoaudiólogo/paciente se inicia e, por isso, sua importância.
2° momento: ocorre no pós-operatório. O fonoaudiólogo obtém informações sobre o tumor, a extensão da cirurgia, o tipo de reconstrução, se houve algum problema durante ou após a cirurgia, etc. Também reforça as informações fornecidas no período pré-cirúrgico, tranquilizando o paciente quanto às dificuldades de comunicação daquele momento, chamando a atenção para os aspectos que são provisórios e reforçando a ajuda que poderemos dar a ele para as mudanças definitivas. O fonoaudiólogo acompanha a evolução pós-operatória, fazendo visitas rápidas e frequentes. Se necessário, realiza a avaliação clínica das funções do sistema estomatognático e solicita a avaliação objetiva da deglutição e/ou fonação.
O terceiro momento da atuação fonoaudiológica é composta pela reabilitação fonoaudiológica e geralmente inicia após a segunda semana de pós-operatória, quando a cicatrização já está completa ou, então, após a alta hospitalar com o encaminhamento médico.
Na avaliação fonoaudiológica são observadas as condições da motricidade oral, voz e deglutição, avaliação do padrão articulatório, tipo de voz, se presente, condições respiratórias e presença de traqueostomia provisória ou definitiva. O objetivo da avaliação é identificar o que está alterado no sistema estomatognático e porque estas alterações estão ocorrendo para definir o diagnóstico fonoaudiológico e a conduta terapêutica mais adequada.
O principal objetivo da fonoterapia em câncer de cabeça e pescoço é a reabilitação de deglutição. Após, se necessário, realiza-se o trabalho fonoarticulatório e vocal.
A reabilitação fonoaudiológica pode ser direta ou indireta, envolvendo estimulação sensorial, manobras de proteção de via aérea e posturais, exercícios fisiológicos e adaptação de próteses orais.
A integração do fonoaudiólogo com a equipe interdisciplinar é essencial para que o individuo tenha as melhores possibilidades de adaptação após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço. Cada vez mais deve-se buscar uma melhor qualidade de vida para esses indivíduos.


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Hospitais do Câncer na região:

Associação de apoio à crianças com câncer em São José do Rio Preto: http://www.aacc.org.br/


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