domingo, 3 de junho de 2012

Manifestação contra o Ato Médico ganha Brasília


Profissionais da saúde em frente ao Congresso.A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi tomada na manhã da quarta-feira (30/5) por diversos profissionais da saúde insatisfeitos com os rumos que os parlamentares estão dando ao Projeto de Lei (PL) nº 268/2002.Além de fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, enfermeiros, farmacêuticos e biomédicos, a manifestação contra o Ato Médico, como é chamado o PL, teve apoio de trabalhadores rurais que reivindicavam seus direitos e de congressistas. Um dos parlamentares a manifestar apoio à causa foi o deputado federal Ivan Valente (SP).
A fonoaudióloga Salete Fontanele, conselheira do CREFONO 8, que esteve nas primeiras audiências públicas do Ato Médico desde 2002, acredita que o PL deixa clara a intenção dos médicos de reservar o mercado para eles. A vice-presidente do CREFONO 6, Juliana Lopes, diz que com o Ato Médico a saúde e a população ficam em segundo plano.
A reprovação do PL nº 268/2002 tem como empecilho a força política dos médicos dentro do Congresso. Ainda assim, Cristina Biz, integrante do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), observou: “Há dez anos que o Ato Médico está tramitando, e os demais profissionais de saúde, assim como os usuários do sistema de saúde público e privado, estão entendendo que essa proposta é prejudicial à sociedade, e a nossa força vem desse apoio. A tendência é que o projeto de lei não avance”, afirma.
Estreia
Fonoaudiólogas durante passeata.
Felipe Rodrigues, estudante de Fonoaudiologia de uma universidade particular de Brasília, participou da sua primeira manifestação pública. Para ele, é importante estar presente em situações como esta porque é seu futuro que está sendo discutido. “Tenho acompanhado em vários meios de comunicação tudo o que sai a respeito do Ato Médico, e, para quem está estudando, esse projeto de lei tira a perspectiva da nossa profissão por causa das limitações que impõe”, opina.
Aveliny Gregio, fonoaudióloga e professora da mesma universidade em que Felipe estuda, diz que incentiva seus alunos a serem engajados politicamente, sejam eles manifestantes presenciais ou mesmo virtuais. “Às vezes as pessoas não têm condições de se deslocar porque estão em outros estados, e as redes sociais têm um papel de destaque por mobilizar outros fonoaudiólogos, estudantes e profissionais de outras áreas a nosso favor”, conta.



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